Desde 1º de julho de 2025, a Espanha implementou um registro único para aluguéis de curta duração., que afeta particularmente os proprietários e plataformas de alojamento turístico, sazonal e de quartos. Esta medida é fruto da regulamentação promovida pelo Real Decreto 1312/2024 e pelo Regulamento Europeu 2024/1028, e será consolidado como uma das principais ferramentas para acabar com a fraude no setor e melhorar a transparência no mercado de aluguel temporário.
O procedimento, que já está em pleno vigor, visa facilitar uma gestão mais eficiente e supervisionada dos aluguéis turísticos e sazonais, respondendo à crescente preocupação social e política com a ascensão desses modelos de hospedagem. Além disso, A Espanha está à frente dos demais países da UE na aplicação deste regulamento., tornando-se pioneira no controle desse tipo de locação.
Quem é afetado pelo novo registro e o que ele implica?
Os regulamentos são claros: Todos os imóveis destinados a uso turístico, sazonal ou de alojamento local, anunciados em plataformas transacionais online, são obrigados a ter um número de registro oficial para operar legalmente. Proprietários de apartamentos turísticos, barcos e embarcações navais também devem cumprir este requisito quando seus ativos forem alugados para fins comerciais ou de curta duração. No entanto, Não se aplica a hotéis, apart-hotéis, albergues, parques de campismo ou áreas de caravanas, que possuem regulamentações setoriais próprias.
Estão isentos desta obrigação os imóveis alugados fora do ambiente digital ou em sites que funcionam apenas como vitrine (sem motor de reservas nem pagamentos online), bem como os anúncios publicados em portais de classificados como o Idealista ou o Fotocasa.
O número de registro funciona como um Identificador único, concedida após validação pela Colégio de Registradores ou do Registro de Bens Móveis, e deve estar visível em todos os anúncios publicados nas plataformas digitais. Sem esse número, não será possível anunciar ou formalizar contratos de aluguel de curta temporada nesses portais.As multas por descumprimento podem ultrapassar 500.000 mil euros, dependendo da comunidade autônoma onde o imóvel está localizado.
Como solicitar um número de registro e quais são os requisitos para obtê-lo?
A solicitação deverá ser feita preferencialmente através do balcão único digital para leasing, acessível no site do College of Registrars. Para concluir o procedimento, você precisará fornecer Referência cadastral, endereço completo do alojamento, modelo de aluguer, número de ocupantes permitidos, licenças e certificados correspondentes exigidos pela comunidade autónoma ou câmara municipal. Também pode ser entregue pessoalmente no cartório de registro de imóveis, juntamente com a documentação necessária.
O custo para solicitar o número de registro é de cerca de € 27 mais impostos mediante solicitação. O sistema é automático e, caso o envio apresente erros, O proprietário tem sete dias úteis para corrigi-los.
Após a revisão da documentação, o proprietário recebe primeiro uma código provisório e, após validação, um número definitivo. É imprescindível dispor das licenças administrativas correspondentes, uma vez que As inscrições não serão concedidas sem elas.
O número de registro atribuído não expira nem requer renovação, embora seja obrigatório enviar um formulário anual de informações confirmando que a propriedade continua em conformidade com os regulamentos.
Obrigações das plataformas digitais e controlos
As principais plataformas de aluguer turístico, como Airbnb, Booking ou Expedia, deve enviar mensalmente para o Balcão Único Digital Informações detalhadas sobre cada imóvel listado. Os dados necessários incluem: Identidade do proprietário (anfitrião), número de registo, endereço exato do alojamento e URLs dos anúncios, através de sistemas de comunicação máquina a máquina para garantir precisão e periodicidade.
Para microplataformas ou startups menores, esses envios serão feitos trimestralmente. Se uma plataforma não verificar a validade do número de registro de um anúncio, deverá remover o conteúdo e notificar as autoridades. Páginas que operam apenas como vitrine e não gerenciam reservas estão isentas dessa obrigação.
El Ministério da Habitação coordena o sistema, responsável por analisar registros e detectar potenciais irregularidades, em colaboração com comunidades autônomas e prefeituras. O principal objetivo é ter um banco de dados completo e confiável sobre o estoque de moradias temporárias para aluguel. combater a economia subterrânea, a fraude e a concorrência desleal.
Impacto em números e reações
Desde a entrada em vigor, as aplicações excedem 215.000 em todo o país, com mais de 94.000 registros ativos, cerca de 103.000 registros provisórios e mais de 18.000 revogados devido a incidentes. As províncias com maior volume são as mais turísticas, como Málaga, Gran Canaria, Alicante, Ilhas Baleares e BarcelonaNas Ilhas Baleares, quase 12.600 proprietários já se registraram, a maioria para aluguéis de férias, e muitos aplicativos permanecem ativos na ilha.
As reações são variadas: o governo central argumenta que isso ajudará a combater acomodações ilegais e a conter o aumento dos preços dos imóveis, enquanto algumas comunidades autônomas e associações do setor de turismo acreditam que isso invade seus poderes e pode reduzir a oferta legal, afetando a economia local e muitas famílias que dependem de aluguéis turísticos.
A Espanha foi pioneira na implementação do registro único na Europa, e seu modelo provavelmente servirá de referência para outros países nos próximos anos.
El A implementação do registo único para alugueres de curta duração representa uma mudança estrutural para o setor do turismo e do aluguer em Espanha.Proprietários e plataformas devem cumprir regulamentações mais rigorosas, enquanto as administrações públicas terão maior controle e acesso à informação. A iniciativa busca promover a transparência, reduzir fraudes e garantir o acesso à moradia, apesar dos desafios e controvérsias que possam surgir durante sua implementação.